Esperei ela ir embora e fui entrando na escola, fui cumprimentada pelo porteiro, me dando bom dia, sempre sorridente que ele era. Comprei um suco na cantina, enquanto isso "farejava" as meninas pelos corredores, mas não encontrei nem uma sequer, nisso peguei o celular e entrei nas redes sociais, vi que os meninos ainda não tinham aceitado meu pedido de amizade no Facebook, mas não fiz tempestade em copo d'água, desconectei e chegando na classe não encontrei muitas pessoas, ainda era cedo, relevei e esperei por algumas colegas, minha amiga e nem sinal dela, mandei milhares de mensagem no celular e ela não retornou, logo imaginei que faltasse créditos pra ela, parei e não exitei em me enturmar dessa vez, pois muitos falavam ainda de sábado e eu me interessei naquilo. Fui conversando com a Isabela que era realmente muito legal e eu nem fazia ideia disso, eu a tachava de patricinha e outras coisas. Nada de Karol aparecer e a aula de literatura começou, o professor falava de Fernando Pessoa, um escritor que eu realmente adorava e conhecia, ele começou o assunto com a seguinte frase: "Tenho pensamentos que, se pudesse revelá-los e fazê-los viver, acrescentariam nova luminosidade às estrelas, nova beleza ao mundo e maior amor ao coração dos homens." E aquilo me fez identificar com o que eu estava passando, minha mudança brusca e meu conceito de pensar, como ele mesmo também dizia "Tenho em mim os maiores sonhos do mundo", eu pensava que se deixasse sair a Bruna que estava guardada lá dentro, a frase de introdução seria real, me guardei durante tanto tempo e apenas em um show vi que poderia ser outra, que estava me renovando. Me envolvi bastante na aula! A Karol realmente faltou e meu dia foi mesmice, mas eu estava com algo guardado em mim: quatro olhares. E um em especial que não saía da cabeça, o olhar de Guilherme e aluguei a Ka por dias falando disso. Passaram-se semanas e até minha tia renovou-se, aconteceu o que eu pensava, ela e seu amigo ficaram de vez, estavam quase que namorando,só faltava o pedido, claro! Estavam acontecendo momentos legais pra nós duas e dividíamos tudo, só que seu então "peguete" trouxe a filha em um desses encontros, de cara eu não gostei, mas pensei que mudaria meu conceito como aconteceu com Isabela, inútil pensamento!
- Oi, tudo bem? Qual teu nome? - eu sorri
- Hannah - ela encarou o chão.
- Como a Montana? - dei um risinho e saí indo pra poltrona em frente a tv.
Troquei ideias com ela e comentei sobre a banda...pra quê fiz isso? Por que sou idiota, essa é a palavra!
- Você vai virar fãzinha da banda? Af. Só foi em um show, que viu neles?
- Muita coisa que não vi em você, desculpe! E eu curti pra caramba o show deles, não digo que fã, ainda preciso conhecê-los pra isso.
- Calma HONEY, só é uma pergunta!
Não quis me exaltar muito, porém a conversa rendeu bastante. Sorte nossa que o casal interrompeu o glorioso papo.
- Que bom que estão se dando bem! - disse o pai dela.
- Bem mal - disse Hannah e eu dei um olhar fuzilante.
- Vou pro quarto - caminhei e olhei pra trás - se alguém aparecer Lívia manda pro meu quarto tá?
- Uiiiiiiii, revoltou porque falei mal da bandinha.
Fiz de surda e fui me debruçar na cama.
- POR QUE DEUS? - falei comigo mesma - já basta a irmã má em contos de fadas, tinha que trazer pra realidade? Não acredito, tomara que eles terminem logo! - pedi sem pensar.
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