sábado, 7 de julho de 2012

Capítulo 22

Deu um risinho enquanto olhava pro celular. Chegamos próximo à praia e eu pedi que Gui sentasse ali, eu não queria entrar por enquanto, tirei minha blusa, por que logo após iríamos e fiquei bem a vontade e coloquei ela no chão, deitando minha cabeça em cima.
- Sabe Gui, não sei se vai querer ouvir o que tenho pra falar...
Ele me olhou e continuou sentado, cruzou os braços nas pernas e ficou olhando pro mar.
- Tá muito afim de ir né?
- Um pouco, vamos?
- Tá, vamos.
Eu fiquei de shortinho mesmo. Ele me segurou minha mão e saiu me puxando pra água. Quando chegamos perto eu recuei.
- Não Gui, não quero entrar. Pode ir, fico aqui olhando.
Ele assentiu com a cabeça e foi se divertir sozinho, ficou nadando um pouco e voltou, sentou do meu lado todo molhado, aí me afastei um pouco, por que estava meio frio, nisso ele percebeu e me abralçou.
- Melhorou do frio? - gargalhou.
- Nossa, tá muito melhor agora Guilherme! - dei um soco de leve no braço dele.
- Vai ficar pra dormir com a gente?
- Não, não, acho melhor eu ir, não ser muito legal ficar no meio de vocês, são todos...novinhos, não tenho assunto com ninguém.
- Ah agora vai se fazer de vítima? Sei que onde vai encontra um amigo - fiz olhar esnobe pra ele - amo esse teu jeito sabia? - deixei escapar e fingi que não tinha dito nada, enquanto ele bagunçava o cabelo.
- Também adoro o seu chaveiro hahaha.
- Mas de onde tirou esse chaveiro hein? Sei que sou baixinha, mas chaveiro já é demais - bufei - para vai.
Foi onde chegou o Fernando e ficou em pé olhando pra gente.
- Guilherme, como vai? - falou em tom sarcástico - Será que não perceberam que a turma tá pra lá? E você hein menina, eu falei que não queria que trouxessem namoradinhos pra cá e trouxe o seu não é?
- Não, não somos namorados.
- Que seja! Não era pra trazer ninguém, mas como conheço o Guilherme dou desconto. Mas está todo molhado e você vá colocar uma roupa, qual seu nome mesmo?
- Bruna, sou a Bruna, Fernando.
Ele saiu e nós ficamos rindo e Gui assanhou meu cabelo. Só tinha o clarão da lua onde estávamos, mal víamos nossos olhos, mas ainda assim queria olhar os dele e quase conseguia vê-los brilhando como a lua. Foi onde senti mais frio.
- Depois dessa acho melhor a gente ir.
- É, enfim, tou congelando já aqui. Vamos pro hotel? Trouxe roupa, alguma camisa no carro?
- Sim, sim, passo pra lá pegar e depois te encontro no saguão pra ir em algum quarto me trocar.
Guilherme parecia estar com vergonha e ficava fofo daquele jeito, eu nunca imaginei que o veria assim. Ele saiu com sua camisa molhada no ombro e sua bermuda estava encharcada, o olhei da cabeça aos pés, chinelinho, bermuda marrom e sem camisa, esse foi o momento em que pensei que era tudo um sonho e não era nada real, dando um suspiro e voltando a andar. Subi até o quarto bem rápido, mas o Gui me deu um toque de que já estava no saguão e eu durante a ligação expliquei como fazia pra chegar ao quarto, então ele veio e depois de muito suor me achou em frente ao meu.
- Vou tomar um banho e me trocar no banheiro Gui, já volto, espera.
Eu me virei e ele puxou pelo meu braço.
- Quem precisa se trocar aqui sou eu, põe minha camisa aqui e já fica bom, ninguém nem vai ligar.
Ele me entregou sua camisa e eu pus, como ele havia dito, fiquei só sentindo o seu cheiro.
- Tou parecendo uma doida Gui - rimos juntos.
Eu sabia que seria fofo chegar na fogueira com ele e ainda com sua camisa.




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