Capítulo 33

Saímos da sala e uma recepcionista veio nos mostrar a escola toda. E era tudo aquilo que pensamos. Subimos para ela nos dizer onde eu iria estudar, ficamos olhando da porta sala adentro e fui gravando cada rostinho em minha memória, afinal, eu teria que conviver com eles pelo resto do ano. Nisso recebi uma mensagem que era de Fernanda "E aí curtindo a cidade?". Dei um sorrisinho comigo mesma e tratei de responder "Ah, até que tá legal aqui, tou conhecendo a escola :D Vem cá, tem notícias da Ka?". Aguardei uns minutos pela resposta e assim saímos do colégio, contentes pelo atendimento e tal. Enquanto andávamos até o carro encontramos uma sorveteria, demos uma paradinha lá e escolhemos um sabor, o meu foi de chocolate com menta, era um dos prediletos de David, é, ele tinha me convertido a gostar desse tipo. Nisso a Fe respondeu "Ela viaja só dia 03 pra aí, inclusive no dia do teu aniversário, como eu queria ir aí e te encher de cócegas haha  e ovada na cabeça também! É q teve imprevisto e a tia dela vai só esse dia. Eu quis responder, mas só depois que terminei o sorvete fiz isso, eu achava que esse sorvete tinha gosto de banana depois que acabava, eu jurava isso pra todos, mas comi todo, tomei, seja como for que diga.

2 dias depois
Levantei da cama umas 9:30, logo com o café da manhã na mesa e a Lívia lavando a louça da noite passada. Bom era o dia do meu aniversário,o que eu esperava eram muitos presentes, muito carinho das minhas amigas e que Karol chegasse, iríamos procurar alguma baladinha pra ir e comemorar meu aniversário. Nisso eu pensando nela e ela ligou na mesma hora.
- Brunaaaaaaa, feliz aniversário amiga haha, já tou chegando pra  gente comemorar muito e tou levando um presentão pra você viu? Passei em tantas lojas, andei demais pra encontrar e achei no lugar mais óbvio que você ia.
- Brigada, nossa me deixou curiosa Ka, quero logo abrir esse pacote. Onde você foi, na Renner? Vai me dar uma blusa super top pra eu avassalar por aí? - risos- Tou brincando, eu já aceitava um cd só...
- Eu tenho certeza que tu vai amar, tenho nem dúvidas.
A gente continuou se falando e eu escutei uma voz de um homem dentro do carro, perguntei a Ka quem era e ela disse ser um homem numa moto na rua e eu aceitei, apesar do som parecer vir de dentro do carro, será que Ka estava namorando? Que tinha trazido ele também pra cidade? Mas refiz o pensamento e soube que se ela namorasse iria me contar, lógico e não seria em dois dias atrás que iria arranjar um namorado assim.
- Ka mas já tá aqui na cidade? Não vejo a hora de tu chegar aqui com tua mãe, por que tem que vir primeiramente aqui, depois cês vão pra onde quiser, mas tem que vir antes aqui.
- Lógico que vamos logo aí, tem que acertar se vamos realmente dividir a casa com vocês! A gente já chegou sim, saímos daqui eram umas 4:00 ou 5:00 horas, já tá é passando da hora de acharmos essa casa, a gente tá só no GPS.
- Olha que coisa boa, sábias haha. É próximo à uma mercearia a casa, é amarela.
- Eu sei, isso tua tia já explicou pra mãe! Bom, vou desligar né? Pra ajudar a mãe a achar, fiquem na calçada! Tá bom?
- Tá legal. Tchau, até já.
- Tchau Brubs, até já.
Fim da ligação
Fui no quarto tomar um banho e desci pra dar um beijo de bom dia na Lívia, claro que eu não iria toda fedorenta falar com ela e abraçar, já de dentes escovados, roupa limpa, fiz isso. Tomamos o café da manhã, aquele suco de manga bem gelaaaado, pão com queijo e ovos, especialidade da Lívia, a minha especialidade era fazer miojo e como não era hora daquilo...enfim, terminamos e fomos pra calçada, ficamos em pé um tempo e depois eu coloquei as chinelas no chão e sentei em cima, a Lívia só riu da minha performance ali e mandou eu levantar que o chão estava quente, aí eu obedeci ela. Com pouco mais de 20 minutos vi o carro da mãe da Ka dobrar ali e vir em nossa direção, meus olhos brilharam, apesar de não vê-las ainda, porque era vidro fumê e estavam todas chiques de ar condicionado ligado, suponho. Elas se aproximaram mais e pararam em frente lá de casa, eu corri pra perto do carro e a Ka desceu, mas aí vi as pernas de um homem lá dentro e ele veio descendo, quando olhei pro rosto, era o Guilherme, eu fiquei pasma, comecei a andar pra trás, acho que de susto e desacreditada dele estar ali e coloquei a mão na boca andando pra trás.
- Não acredita que sou eu? Que é isso Bruna tou tão feio assim? - ele riu.
- Não acredito! - eu falei quase chorando, com a mão tapando a boca e ele veio me abraçar, pude sentir seu perfume outra vez, dei um beijo próximo a nuca dela e vários beijos, até chegar nos selinhos.
- Mas meu Deus parece que faz um ano que não vê ele Bruna, calma - disse Lívia nos separando.
- Ai Lívia, deixa eles dois, são tão fofos - disse Sílvia, mãe de Ka - você também já viveu isso.
- Parece mesmo que faz um ano, você tá mais linda ou é impressão minha? - Gui me disse e eu coloquei a mão na boca, rindo a toa.
- Ok, já podem parar, eu não mereço abraço também não? - Ka falou rindo.
Nisso eu e Gui corremos nela e quase esmagamos ela num abraço.
- Vamos entrar gente! Vem Bruna, Gui, Ka... - Lívia falava apreensiva.
Eu parei no caminho e lágrimas desciam no meu rosto, era muito emoção junta naquele momento, nisso Gui parou do meu lado e usou um dos dedos pra limpar meus olhos e começou a me beijar ali mesmo, entre soluços mais foi, era o beijo mais apaixonado que eu já havia sentido, mais cheio de ternura sabe? Sabe aqueles de cinema, foi como me senti, aquilo arrepiou meu corpo, marcou demais minha vida. Acho que eu lembrando ainda não acredito, eu me sentia um só com ele, até que ele foi finalizando com selinhos.
- Não chora tá? Tou aqui contigo.
- Tá - dei um sorriso meio tímido, ele pegou sua mão e fixou na minha, entrelaçando na dele e fomos andando até chegar na cozinha.