domingo, 11 de novembro de 2012

Capítulo 40

Bruna narrando:
Olhei pro Léo de rabo de olho pra ver se ele tinha notado a mensagem, mas ele estava segurando firme a mão de seu irmão e conversando com ele. Naquele momento aquela mensagem me pegou de surpresa, como o Gui tinha coragem de estar namorando e me mandar uma mensagem dessas? Fiquei irritada, sem querer resolver aquela situação, minha cabeça dizia pra não responder, mas meu coração dizia pra fazer o contrário. Em minha mais vingativa consciência pensei "Não vou responder, vai ficar querendo", mas nisso o Léo deu uma chegada do meu lado e perguntou o que eu estava fazendo e contei pra ele, lógico, ele sempre tinha conselhos pra me dar, ficamos conversando sobre aquilo e ele deu várias sugestões e ficamos surpresos por Gui ter mudado de número e ainda ter o meu gravado. Léo com suas brincadeirinhas, acabou por pegar o celular e ligar pro tal número, me deixando apreensiva por saber o que ele iria falar. Então num mínimo segundo do meu pensamento escutei a conversa começar.
- Alô? É o Léo. É que a Bruna saiu e não tive como não olhar a mensagem, vai que era algo importante. Mas assim, que eu saiba tu tá namorando num é rapaz? Então pra que fica aí correndo atrás da Bruna? Não vejo lógica. A história de vocês já é passado cara, esquece!
Fiquei escutando e comecei a rir do discurso motivador do Léo pro Gui me esquecer. Queria muito escutar o que a outra pessoa estava falando.
Léo narrando:
Opa, fui logo jogando a realidade pro Guilherme, sem sequer deixar ele responder, mas tive uma surpresa ao não escutar nenhum resmungo e logo após escutar a voz de uma mulher ao telefone.
- Aqui não é o Guilherme, é a Giovana - falou com a voz trêmula, talvez por surpresa, ou por raiva, talvez tivesse entendido nas entrelinhas o que falei - a namorada do Guilherme. Mas...então, deixa eu ver bem se entendi bem...Bruna é ex do Gui? E não uma simples fã? Bom saber.
Fiquei querendo me matar naquela hora, por ser tão bocudo e ter falado antes de saber que era realmente ele, agora eu estava prestes a criar uma confusão com a namorada dele, prestes a fazer a Bruna ficar com raiva de mim por isso. Me mantive em silêncio, enquanto Bruna ria de mim por estar assumindo a ligação, mal sabia ela o que estava acontecendo, ela puxava meu braço tentando aproximar-se de mim pra escutar a conversa e eu afastava.
- É isso, é que o Gui ligou desse número e queria muito falar com a Bruna, eu só queria dar um basta.
Bruna me olhou estranhando eu falar de Gui como se não estivesse falando com ele e colou seu ouvido perto do celular, apoiando-se em meu braço, agarrada nele.
- Querido não foi o Gui que ligou, fui eu, eu queria tirar a prova do que rolava entre esse dois, você não sabe o que aconteceu pra eu ter tomado essa atitude.
- Mas essa não é uma boa hora pra falar disso, me equivoquei e além do mais, já é passado, não tem com o que se preocupar.
- Sua consciência não vai te deixar dormir se não me contar direitinho sobre esse namoro. Pra acabar de vez com isso.
- Não linda, você não tá entendendo, não é necessário. Já passou!
Nisso, num impulso a Bruna tomou o celular da minha mão e quase gritou me perguntando quem era e eu falei pra não causar mais desavença ali, eu não sabia o que ela iria fazer com o celular e me surpreendeu, ela desligou a ligação e fomos conversar sobre o que tinha acontecido. Em alguns minutos depois partimos pra uma lanchonete e comemos muito, a gente tomou um copo grande de milk shake de chocolate, eu me senti a própria melhor amiga dela, com todo respeito e não querendo ser mulher. Mas foi aí que me questionei, se ela morava com sua melhor amiga Karol e a mãe dela, como iria ficar sozinha em casa se a tia dela saísse? Fiquei estranhando a situação e fui tirar a história a limpo, então ela me contou que as duas tinham se mudado há algum tempo pois acharam um lugar mais próximo a escola de Karol e iriam morar lá. Depois disso papo veio e papo foi. Enfim eu descrevi o que sentia pela tal mulher que eu não havia contado a ninguém, eu falei tudo, como havia conhecido, se nos falávamos e ao final disse que era sua tia, era sua tia a mulher mais velha e linda que eu estava interessado, nisso deu um surto de risos nela e não parava mais, eu não sabia se isso era uma resposta pra dizer que isso nunca ia acontecer ou se era engraçado mesmo eu estar afim da tia dela, então ela conseguiu parar de rir e olhou fixo pra mim.
- Cara na boa, eu sei que minha tia é bonita, inteligente, nova, mas cara ela é mais velha que tu e sei lá, é estranho, mas super apoio tu gostar dela, vai que rola daqui uns trezentos anos - riu, mas percebeu que eu estava sério e tentou se calar.
- Eu sei tudo que você tá pensando, mas mulheres mais velhas me atraem, fazer o quê? Mas tô só dizendo que tô afim, a gente não vai casar, relaxa e se fosse pra rolar não era você que ia impedir.
- Caaaaalma. Mas veja pelo lado bom, tu não vai tentar me assediar de noite, porque não te atraio hahahaha Relaxa, foi só um comentário infeliz, vamos mudar de assunto? Ah, vamos logo pra casa? Tá tarde.
- Então faz disso, vou deixar o Lucas em casa e depois volto pra te buscar certo?
- Ai, vou ficar sozinha, que vergonha. Mas tudo bem, eu espero.
Fui buscar a moto no estacionamento e quando voltei eles estavam na porta me esperando, o Lucas subiu na moto atrás e a Bruna me deu a chave da casa, mandando eu dirigir devagar, mesmo que estivesse apressado. Fiz o prometido e cheguei com uns 10 minutos na casa dela, abri, deixei o Lucas bem confortável no sofá, vendo televisão e pedi que se comportasse. Com 10 ou 15 minutos cheguei onde Bruna estava e zoei que ela não iria conseguir subir na moto por ser baixinha, mas ela nem deu bola e subiu, passou seus braços em volta da minha barriga, se segurando e partimos pra casa. O vento batia friozinho na gente e eu deixava me levar naquela ventania, sentia-me bem. Chegando em casa fui tomar um banho, passei uns 10 minutos só refletindo sobre a situação que havia exposto da minha vida pra Bruna, acho que eu devia ter ficado calado, é isso, por que não iria fazer diferença em nada na vida dela não saber, me arrependi. Saí do banheiro com a toalha em volta da cintura cobrindo até as pernas e cheguei no quarto da tia dela pra me trocar, porque ela ocupava o outro quarto. Fui me trocando e depois fiquei observando as fotos nos porta retratos, tinha uma dela com um cara, o que não me incomodou, sorri apenas ao passar os olhos por todas elas. Vesti uma camisa do meu bom corinthians, que por sinal é o mesmo time da Bruna e coloquei uma bermuda qualquer.
Bruna narrando:
Quando vi ele chegando na sala com aquela camisa do meu time do coração quase gritei, dei uma bela olhada e sorrimos um pro outro.
- Eu sei que tu gosta - ele ria - hora do abraço - gargalhou mais ainda.
- Ah seu besta, para de zoar, senta aqui vai.
- Não espera aí Bruna, já tomou banho? Quero sentar do seu lado só com essa condição!
- Claro que tomei, só que acabei antes de ti, não tá vendo minha roupa trocada?
- Tá, calma esquentadinha!
Ele sentou do meu lado e passou o braço em volta do meu ombro, meio que abraçando meu braço, não sei se isso existe, mas foi o que aconteceu.
- E aí vamos ver novela é? Bota uma coisa de homem aí!
- Vamos ver dvd, pronto vamos ver RBD live in Rio, adoro esse dvd, dá uma emoção ver meus bebês ali brilhando.
- Eca, RBD é coisa de mulherzinha.
- E eu sou o que?
-Mas eu não sou, se liga.
Ele deu um tapinha na minha cabeça.
- Tem dvd melhor não?
- Ah tem, todos de RBD, serve? Tá, vou parar, só não fala mal deles, te mato.
- Tá tira o t nessa frase põe o m no meio dela, o que fica? Te amo hahaha, essa eu já sabia. Tá, vou parar também, pega o vídeo game aí pra gente jogar.
Nisso ele falando me fez lembrar do dia que estavam Gui e Ian lá em casa e jogamos vídeo game, naquele dia foi tão divertido. Mas é passado! Pedi a mim mesma pra esquecer assim que lembrei. Fui plugar os fios do game na televisão e peguei um joguinho de luta, o que eu mais adorava, ficar batendo era um ótimo exercício pra mim. Jogamos até pegar no sono.



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