Acordei primeiro que Manu e fiquei usando a internet do celular, checando o twitter e encontrei uma resposta de Gui para meu post, outro post para ele, dizia: "Brigado linda" e algo mais que não lembro, mas eu gravei isso na memória! Aquilo fez um sorriso de ponta a ponta surgir em meu rosto. Fazia uns dias que tinha mandado algo para ele, mas ganhei resposta e isso que importa. Fui vasculhando o perfil dele e vi que se desculpava com seus seguidores pela demora em entrar no twitter, depois dei uma passadinha no perfil da banda e anunciavam que estariam em uma rádio terça feira, na rádio local. Vi ali uma chance de vê-los, de vê-lo e lógico que minha cabeça já tinha mil estratégias de passos a dar para ir ao encontro da banda. Eu não queria simplesmente prestigiar eles, também começava a querer chamar a atenção do Guilherme, que me enxergasse era isso que eu queria. Mas quando Manu acordou tivemos uma conversa séria, uma espécie de tapa de realidade em mim, mesmo que ela gostasse de me ver feliz, radiante, ela indagou:
- Tá afim do Guilherme né Bruna? Eu sei que ele é lindo, é lindo gostar de alguém, é fofo você olhar pra ele e pensar "Pô ele é o namorado que sempre quis", é legal ele te responder a cada post. Mas na real, você sabe no que isso vai dar né?!
- Não tou afim Manu, nada a ver. Gui deve ser esses filhinhos de papai que conseguem tudo que quer, ele é lindo, é cantor, mas eu não me apaixonaria por um cantor, me apaixono por caráter. E no que você acha que daria?
- Em nada na verdade. Ele não pode ficar com você, ele quer uma carreira e acho que ele não quer se envolver, ele tá focado, é inicio da carreira deles. É o que eu acho!
- Ok, mas não quero nada - sorri de canto, sem graça.
- Certeza?
Olhei pra ela e pensei muito antes de falar, olhei para o lado e pro outro, nisso ela refez a pergunta e senti um arrepio percorrer meu corpo. Comecei a falar:
- Ahhh, definitivamente, estou gostando dele e digo mais, posso estar apaixonada - fiz cara de drama - não como ídolo, gosto como ele se comporta, sorri e aquele olhar dele.. ai aquele olhar não sai de mim. Nesse caso eu preciso ir nessa rádio, preciso saber o que sinto estando perto dele.
- Já imaginava, faz um tempo que você fala dele, fala muito por sinal. Vai ver é bom tu ir mesmo e ver o que rola. Mas eu não posso ir, TERCEIRO ANO sabe como é..de tarde estarei estudando. Mas chama a Karol, acho que ela topa na hora!
Nisso a Lívia ligou pedindo para que eu fosse pra casa, pois já eram 10:00hs. Daí fiz meu lanche ainda na casa de Manu, comi, tomei um banho relaxante
e voltei para casa. Marcos não estava mais lá, para meu alívio! Mas Lívia tinha mil propostas para aquele domingo, um deles seria ir à praia e aquilo eu não faria.
- Escolho ir ao shopping! - disse pegando-a de surpresa.
- Ao shopping? Você nem gosta de ir ao shopping Bruna. Tá mais do que na hora de ir à praia, deixa de manha, seus pais não vão voltar, eles não vão ressuscitar e é besteira você agir assim, não querer ir porque simplesmente eles morreram nesse ambiente! Eu sei que dói, eu sofri com a morte da minha irmã, da sua mãe, sofri por muito tempo, calada. Mas superei.
Ela falava em um tom grosso quase, sem se importar que poderia me machucar, sei que não queria isso, mas conseguiu.
- Eu não quero ir, vai você e o Marcos, eu não vou!
- Tudo bem. Eu vou SOZINHA, obrigada. Quer dizer...- ela olhou para os lados -vou convidar a Mônica, talvez ela vá, não fique dramatizando.
- A Mônica? - falei espantada, mas não cedi, eu não gostava daquele espaço. Ali me fazia lembrar do acidente de meus pais, da bebedeira de meu pai, lembrava bem do dia 17 de julho, eu era pequena, mas com a história que sempre ouvi, tinha uma boa ideia do cenário.
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