sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Capítulo 43

Cheguei no quarto e vi que minha bolsa estava lá em uma cama, com meu livro em cima. A cama era a ultima, próximo ao banheiro, aproximei dela e afastei a mochila, nisso me esparramei literalmente na cama, dali eu não queria sair até porque me sentia mal, é coisa minha viajar e me sentir mal depois, com um embrulho no estomago, talvez seja normal ou normal pra mim. Fiquei conversando com as meninas e pedi que guardassem meu nescau na geladeira e deixei os biscoitos na bolsa mesmo. Camila sentou na cama e ficou me chacoalhando pra eu levantar, me chamando de preguiçosa e tudo mais. Eu nem me importei, continuei ali. Mas depois de um tempo cedi e fomos andar um pouco, até que encontrei um banco e fui sentar, mas que menina preguiçosa! Lá fora eu pensava "Ligo pro Gui? Estou com saudade, que mal tem?", mas eu seria uma tonta se ligasse, mas eu queria ligar pra desculpar por tudo, mas aí pensei de novo "Não cara, essa história já deu o que tinha que dar". Quando eu estava perdida em meus pensamentos, recebi uma ligação que era de Lívia. Desliguei com uns minutos e lá vem a Cami me pedir favores, queria que eu fosse chamar o Léo, eu detestava ter que fazer esse tipo de favor, de ir chamar tal pessoa, ainda mais quando esse ser estava conversando com alguém ou em volta de milhões de pessoas, como ele estava. Tinha mais ou menos uns 10 meninos parados esperando alguém ir buscar a bola que tinha saído do campinho, andei toda devagar, olhando pro chão e cheguei até lá, dei um grito por Léo que estava do outro lado mas ele não escutou, fiquei morta de vergonha porque me viram chamar ele umas duas vezes e nada dele vir, fiquei no vácuo! Aí um menino alertou ele e até que enfim veio, vinha mais lesado que uma tartaruga. Até que alguém chegou do meu lado antes dele e eu tomei um susto, dei aquele grito e todos me olharam, que vergonha! Mas a menina foi passando e riu de mim.
- Léo, a Camila tá te chamando.
- Belo susto hein? - risos - o que ela quer?
- Ah idiota, para! Sei lá, acho que sua ilustre presença.
Ele ficou quieto e logo após me virou e apoiou seu braço em meu ombro e saímos. Chegamos e sentamos no banco, ele do meu lado e Camila em outro banco de frente pra nós.
- Na boa, vocês parecem um casal, mas eu super apoio, são muito fofos.
- Ah tá - eu ri - já podem conversar, eu vou acho que vou me deitar um pouco, lá no quarto. Tô com muita preguiça.
Levantei e o Léo me puxou de volta.
- Não, já que vai começar as atividades, fica aí rapaz.
Ele praticamente me sentou no banco. Nisso chegou a Luísa com seu irmão, me perguntei o que aquela garota fazia ali, mas lembrei que ela falava com Léo, Léo falava com o irmão dela e por aí vai, ela acenou pra mim e eu fiz o mesmo. Léo cochichou pra mim que ela tinha voltado com o menino que eu era afim, fingi que aquilo era pouco caso só pra ele não vir com mais historinha. Fiquei admirando o Luan e na minha cabeça passavam milhões de coisas fora ele, que fique bem claro. O nosso instrutor nos chamou pra começar as atividades e Luan foi convidado a ficar com metade dos alunos, já que ele era mais velho e não da nossa turma, iria cuidar para que cumpríssemos tudo. Eu como uma aluna desaplicada que era fiz a Camila resolver tudo pra mim e dar na minha mão, quando fomos no laboratório que ficamos em grupo ela fez tudo também, olhou as películas da planta e tal, que era o pedido, fez o experimento com a galera e eu só olhando e anotando no caderno: Quero sair daqui! Luan passou avaliando os trabalhos e deu uma bela olhada no meu caderno e começou a rir. Chegou próximo ao meu ouvido e falou:
- Eu te levo, também não aguento ficar olhando vocês - risos.
Olhei pra ele e voltei a olhar pra bancada.
Camila estava do meu lado e cochichou:
- Hm, tá rolando aquele clima hein?
- Ahã, tá mesmo! Deixa de ser tonta Camila, já parei de brincar com esse assunto aí...
- Tá, sei!
- É sério



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