domingo, 17 de fevereiro de 2013

Capítulo 44

Nisso a "gente" terminou o trabalho e foi fazer um lanche e no decorrer do dia era assim, duas atividades e lanche. Tiramos algumas fotos, por que era uma paisagem linda, dava um book de tanta foto...no final do dia, era 17:00 por aí pegamos o ônibus e fomos embora, uma bagunça só lá dentro! Luan estava perdido e eu percebi isso, por que ele não sabia o que fazer, o que conversar, daí eu tentei ir até ele e conversar mais não consegui por vergonha de chegar junto, sabe? Fiquei na minha, quietinha na minha poltrona e peguei o fone pra passar o tempo escutando algumas musicas, quando dei por mim a Camila estava cochilando do meu lado, eu dei uma risadinha e ela acordou, perguntando o que era e eu claro falei que ela estava dormindo e achei engraçado, umpf que incomodada eu sou! Mas ainda faltava um pouco pra chegar então eu fechei os olhos deixando a musica me guiar, nisso eu só posso ter dormido por que não me lembro de nada, quando acordei senti o Léo sacolejando e me chamando pra descer do ônibus, eu levei um susto e me levantei de uma vez acabei pisando em falso e meu pé começou a doer instantaneamente. Aí ficou todo mundo me olhando e eu pedindo sos lá, as pessoas ficavam me olhando e descendo, nisso o Léo pegou minha mochila e colocou nas costas e apoiou meu braço no meu ombro dele pra que eu pudesse andar sem forçar o pé, saímos do bus e a Camila ficou preocupadinha, juntamente com Luan e Luísa e eu fiz uma cara de "Hã, Luísa preocupada comigo? Não era ela que ficava dizendo pra eu não chegar perto dela e do seu namorado?", mas eu fingi um sorriso de que estava bem. Logo após chegou o Cadu, deixa eu explicar com muita emoção quem era esse...aluno do terceiro ano, estudioso, lindo, cabelo grandinho, sempre com seu boné na cabeça, alto, pele macia como nunca vi de outro alguém e eu tive a sorte de ser assediada por ele, não, assediada é pesado, eu tive a sorte de ser...como posso dizer? Paquerada por ele, ele chegou a tocar meus cabelos, mandar bilhetinho pra mim, recados por amigos e nós sorríamos um pro outro sempre que nos víamos, resumindo, era ele meu primeiro amor, amor mesmo, não existia paixão ali, cheguei a sentir minhas bochechas queimarem de vergonha, eu não sabia como reagir diante dele, meu coração ainda sentia que nossa história não chegava ao fim, mas Deus compensou a dor que eu senti por ele colocando Gui no lugar, mas Gui também era uma história incompleta e não havia chegado ninguém pra curar seu lugar em mim. Tentei parar de pensar tanto e ele falou com Luísa, dizendo que tinha ido buscá-la pra irem pra casa dele. Senti meu mundo cair, eles estavam mesmo juntos. Léo numa rapidez só me olhou, ele sabia o que eu poderia estar sentindo, era seu dever como meu amigo saber. Então ele beijou minha bochecha e disse:
- Vamos pra casa também amor? Vou passar o dia cuidando desse pezinho machucado.
Eu olhei pra ele e sorri espontaneamente, olhei pra frente e Cadu me olhava, como quem quisesse dizer algo, mas nada disse, pegando na mão da Luísa e saiu. Luan continuou ali e estava todo desentendido olhando pra gente.
- Que foi isso Léo?
- Quero sair daqui, me leva logo Léo. - Eu disse.
- Vocês não vão me explicar nada?
- Não cara, não tem nada pra explicar, o que aconteceu demais? Nada! Só tava sendo carinhoso com a Bruna.

Alguns meses depois

Tudo corria bem quando recebi uma ligação de um numero desconhecido, eu estava em um super banho de piscina com as amigas que eu tinha dali. Lógico eu não entrei na piscina, só observava. Atendi então.
- Oi, quem é?
- É a Manu, Bruna é você né?
- Ah é você? Oi Manu, quanto tempo, me esqueceu né? Que amigona você hein?É a Bruna sim, que foi?
- Tô aqui no hospital e...-eu a interrompi e não deixei continuar.
- No hospital? Como assim, o que aconteceu? Me conta agora, você tá bem?
- Não, eu tô bem, o problema é com o Guilherme, ele tá muito mal, ele sofreu um acidente de carro.
Eu escutei aquilo e não acreditei, deu um aperto no meu coração e forcei para que as palavras saíssem.
- COMO ASSIM MANU? QUANDO FOI ISSO?
- De madrugada e eu fiquei sabendo pelo Ian, ele me ligou. Ele brigou com a namorada e ficou muito estressado e saiu sozinho no carro do restaurante que os três estavam.
- Não acredito Manuela, eu preciso ir pra aí. O que vou fazer? Tenho que ligar pra Lívia.
As lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto.
- Ele vai ficar bem, fica calma, eu só te liguei por que sei o que vocês passaram. Espero que não tenha feito mal.
- Qual o hospital? Me fala!
- No Residense.
Desliguei o celular e fui vestir minha roupa no quarto, fiz tudo muito rápido, peguei tudo que tinha meu espalhado na cama e enfiei na bolsa. As meninas me viram sair correndo e ficaram chamando pelo meu nome, mas eu não falei nada só saí. Sorte minha que o Léo apareceu, puxando meu braço e perguntando o que acontecia,só consegui chorar e o abracei tão forte que não me dei conta, era meu refugio seus braços. Aos poucos entre soluços fui contando e ele pegou sua moto de dentro da casa e foi me levar até em casa. Chegando lá ele tirou o capacete e deu um beijo na minha testa me desejando sorte. Entrei em casa e fui direto pro quarto sem dar uma palavra com Lívia, joguei todas as minhas roupas na cama e comecei a colocar na mala, nisso a Lívia me escutou chorar e veio tirar satisfação do que acontecia, contei tudo e ela me acolheu, falou coisas lindas pra me acalmar, mas não queria que eu viajasse sozinha e daquele jeito que eu estava exaltada.
- Bruna a gente pode ir amanhã, eu desmarco tudo que tenho e te levo de carro, mas agora não.
- Não adianta Lívia, eu quero ir agora.
Dei as costas pra ela e peguei algum dinheiro na gaveta e parti dizendo:
- É o Guilherme que está precisando de mim, não posso deixá-lo sozinho.
Saí correndo e peguei um táxi que me levou até a rodoviária e o próximo ônibus daquele domingo sairia as 15:00, eu esperei e com passagens em mãos entrei naquele ônibus vazio. 

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